Despedidas.
É tão dificil despedirmo-nos de alguém.
Não falo da despedida aquando da morte de alguém que nos é próximo, nos é querido mas falo das despedidas de um até logo, até para a semana, até um dia destes.
Ontem tive que me despedir da minha cunhada que foi tentar uma nova vida na França, visto que neste nosso país as coisas estão do modo que estão e não vale a pena alongar-me nesta questão porque fico ainda mais deprimida.
Levei-a ao aeroporto e já sabia que na hora do "até logo" o nó na garganta ia aparecer e as lágrimas iam cair. Não queria chorar porque sei que esta ida dela para fora do país não está a ser fácíl, até porque deixa aqui toda a sua familia, e queria fazer-me de forte mas não consegui. Chorei ao mesmo tempo que a tranquilizei que iria tudo correr bem e apesar de ela estar a uns bons largos quilometros de distância nós estamos aqui.
Tivesse eu no lugar dela e ia-me custar horrores ter que abandonar o país, mas essencialmente deixar para trás tudo aquilo que eu sou, tudo aquilo que me faz feliz, a minha familia. Sou muito agarrada aos meus e apesar de não estar todos os dias com os meus pais ou irmãs ou tios ou cunhadas, eles fazem parte de mim e sei que se quiser estar com eles é fácil e perto. Com esta minha cunhada não vai ser assim. Não é propriamente ali ao virar da esquina. Vai ser dificil, vai ser complicado mas infelizmente é a vida.´
Confesso que ás vezes tenho pensamentos egoistas e desejo que ela seja obrigada a voltar para perto de nós, mas no fundo do meu ser desejo-lhe toda a sorte do mundo.
Só quero que ela seja feliz onde tiver que ser.
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